sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Clones x Transgenicos

Introdução
A formação de um organismo vivo é feita a partir de uma "receita" que define as características desse organismo.
Essa "receita" é formada por seqüências de genes e é chamada de código genético. Todas as células de qualquer organismo contém no núcleo alguns pares de cromossomos e dentro deles tem milhares de genes(o humano possui 23 pares de cromossomos e cerca de 30 mil genes).
O que faz um pássaro ser diferente de um peixe, de um cachorro ou de um ser humano é o código genético que ele possui. Os genes são responsáveis pela transmissão de características como cor dos olhos, tipo de tecidos (epitelial, cerebral,ect.).
Existem vários tipos de pássaros: papagaio, periquito, canário, etc. Essas variedades de pássaros têm quase todo o código genético igual. Alguns poucos genes variam, e é por isso que os pássaros não são todos iguais.
Clonagem
A palavra clone deriva etimologicamente do grego “klón”, que significa broto e pressupõe, portanto, a existência de um indivíduo gerador e a ocorrência de reprodução assexuada. Esse termo tem sido aplicado tanto a células quanto a organismos, de modo que um grupo de células que procedem de uma única célula também recebe esse nome.
Toda vez que um ser é gerado a partir de células ou fragmentos de uma mesma matriz, através de um processo de reprodução assexuada que resulta na obtenção de cópias geneticamente idênticas de um mesmo ser vivo (microrganismo, vegetal ou animal), acontece uma clonagem. A clonagem pode ser natural ou induzida artificialmente.
Ela é natural em todos os seres originados a partir de reprodução assexuada, ou seja, na qual não há participação de células sexuais (gametas), como é o caso das bactérias, da maioria dos protozoários e algumas leveduras. Esse é o meio mais freqüente e natural de reprodução dos vegetais inferiores, mas até vegetais superiores podem multiplicar-se naturalmente desse modo. É o caso das gramas dos jardins ou do morangueiro, cujos nós dos ramos laterais rentes à terra formam raízes, gerando plantas independentes. Ao fazerem mudas de plantas, os agricultores e jardineiros estão produzindo clones. A clonagem é, às vezes, o único meio de fazer a multiplicação de uma planta. É o que acontece com a bananeira e, geralmente, com a parreira e a cana-de-açúcar. Se alguém corta um pedaço do tronco de uma bananeira e o joga no canteiro, outra vai brotar espontaneamente. Ou seja, a célula especializada do tronco é capaz de gerar um ser idêntico a si a partir de seu próprio material genético. Outras espécies, como a estrela-do-mar, certos moluscos e crustáceos, também reproduzem-se assim. Para esses seres, a clonagem é rotineira. A clonagem natural também pode ocorrer em mamíferos, como no tatu e, mais raramente, nos gêmeos univitelinos, que são parte de um clone. Nos dois casos, embora haja reprodução sexuada na formação do zigoto, os descendentes idênticos têm origem a partir de um processo assexuado de divisão celular.
A clonagem induzida artificialmente é uma técnica da engenharia genética aplicada em vegetais e animais, ligada à pesquisa científica. Nesse caso o termo aplica-se a uma forma de reprodução assexuada produzida em laboratório, de forma artificial, baseada em um único patrimônio genético. A partir de uma célula-mãe ocorre a produção de uma ou mais células (idênticas entre si e à original) que são os clones. Os indivíduos resultantes desse processo terão as mesmas características genéticas do indivíduo “doador”, também denominado original. A clonagem induzida em vegetais baseia-se na plantação e na criação de enxertos, nos quais são implantados brotos de plantas selecionadas em caules de outros vegetais. Essa técnica é utilizada em larga escala em muitas culturas comerciais, com a finalidade de aumentar a produção, melhorar a qualidade e uniformizar a colheita.
A clonagem induzida em animais pode usar como matéria-prima células embrionárias ou células somáticas (todas as células do corpo com exceção das reprodutivas) que são introduzidas em óvulos anucleados (sem núcleo) artificialmente (este último processo é conhecido como transferência ou transplante nuclear, e foi o processo utilizado na "clonagem" da ovelha Dolly, tão propagada pela mídia) .
Os indivíduos resultantes da clonagem têm, geralmente, o mesmo genótipo, isto é, o mesmo patrimônio genético. Dizemos ‘geralmente’ porque, durante a reprodução assexuada, pode ocorrer alguma alteração do material genético (mutação), gerando um ser com patrimônio genético diferente do existente no original. Na ausência de mutação, portanto, os clones são geneticamente idênticos.
É importante ressaltar, porém, que identidade genética não significa identidade na aparência física ou psicológica, porque todo ser vivo é resultado da interação do genótipo com o ambiente. Infelizmente, há uma tendência generalizada a enfatizar apenas a importância do genótipo (ou, o outro extremo, enfatizar apenas a influência do ambiente...), como se todos os seres, inclusive os humanos, nada mais fossem que seu patrimônio genético ou, no segundo caso, como se os genes não e menosprezar qualquer dos dois é provavelmente um equívoco.
Transgênicos
Chamamos trangênicos (ou OGMs - organismos geneticamente modificados) aqueles organismos que adquiriram, pelo uso de técnicas modernas de Engenharia Genética, características de um outro organismo, algumas vezes bastante distante do ponto de vista evolutivo. Assim, o organismo transgênico apresenta modificações impossíveis de serem obtidas com técnicas de cruzamento tradicionais, como uma planta com gene de vaga-lume ou uma bactéria produtora de insulina humana.
A obtenção de transgênicos baseia-se no uso de uma série de técnicas que foram sendo desenvolvidas, com uma velocidade mito rápida, a partir do início da década de 70, quando pela primeira vez se obteve um organismo transgênico pela manipulação direta do DNA (uma bactéria com um gene de resistência a antibiótico de outra bactéria).
Não seria possível descrever precisamente essas técnicas, mesmo porque elas são muito variadas. Cada experimento, na verdade, é "desenhado" de acordo com as características do gene que se quer inserir, sua localização e muitos outros aspectos.
Não há dúvida de que estas técnicas chegaram para ficar, ao menos no que se refere à pesquisa científica, embora desde o início tenha havido grande polêmica sobre o seu uso. Além do trabalho de pesquisa pura, logo se detectou que elas tinham um imenso potencial biotecnológico, especialmente no chamado melhoramento genético, representando uma importante extensão das práticas agrícolas utilizadas há séculos, nos programas de cruzamentos clássicos que visavam a obtenção de espécies melhoradas.
A primeira planta transgênica foi obtida em 1983, com a incorporação de um DNA de bactéria. Já em 1992 um tomate transgênico obtido pela Calgene foi desregulamentado nos Estados Unidos e em 1994 estava sendo comercializado.
Desde os primórdios do lançamento comercial de produtos transgênicos, surgiram contrariedades com a nova tecnologia. Inicialmente restrita aos movimentos ambientalistas, esta posição vem-se ampliando de forma expressiva, na medida em que repercutem, nas sociedades, as vozes contrárias à inovação — muitas vezes oriundas do meio científico — e que os governos mais e mais discutem o tema e criam controles sobre o mesmo.
Caso algumas dessas conseqüências negativas da engenharia genética ocorram, será impossível controlá-las, por serem formas vivas podem sofrer mutações, se multiplicar e se dizimar no meio ambiente.
RISCO é tecnicamente a probabilidade de um evento danoso multiplicado pelo dano causado. Então, se o dano é grande, mesmo uma baixa probabilidade pode significar um risco inaceitável. Portanto, o impacto de um transgene no ambiente e na saúde humana deve ser criteriosamente avaliado.

felipe bordim

Um comentário:

Unknown disse...

Alemão...Parabéns pela sua capacidade de resumo!!!rsrsrsrsrsrsrs!!!Quase dormi lendo!!!Ficou bem completo o texto, porém faltou o mais importante q era seu posicionamento sobre o assunto!!! Sucesso na sua profissão de mecânico!!!Bjos.